02 de outubro. Madrugada ainda escura, acordo e ouço: “… dia mundial do idoso…” Surpresos segundos até a cabeça clarear e me perguntar: é comigo?
Sim, porque idoso é entidade que tem a ver com cultura e estado pessoal. Chega a ter valor subjetivo: jovens que tais já nem parecem, anciãos na flor da idade. Não como o recém nascido, por exemplo, figura claramente universal e objetiva.
Mas, a confundir-me as ideias em definitivo, o locutor, quase a título de complemento acrescenta feliz que “foi prorrogada até dezembro a obrigação da prova de vida” – deles, obviamente, os homenageados do Dia.
Bom, nada como uma pitada de humor pra adoçar o café da manhã: junta isso com aquilo, pois, e acaba que o idoso seria pessoa de curto prazo; cidadão provisório, de vencimento à vista; objeto, por via das dúvidas, de verificação; se quisermos: um vivente ocasional ou de existência improvável; um ser de morte adiada.
Divertida, certo, mas não terá sido uma gafe esta de emendar as duas “notícias”?
Parceiros do mundo todo, PARABÉNS pelo que fomos, pelo que somos e pelo que ainda seremos! (Nestore – 02.10.21)
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